Muitos Amigos e Companheiros têm reclamado que gostariam de conhecer minhas opiniões sobre os assuntos do dia-a-dia, sobre as matérias dos noticiários, etc. Sempre ignorei tais instâncias porque, em primeiro lugar, pouca importância dou ao que a imprensa burguesa veicula, e, segundo, não entendo a relevância da opinião pessoal de um indivíduo que nunca se notabilizou em coisa alguma e que é o famoso “ilustre desconhecido”. Mas, de uns tempos a esta parte, as solicitações estão se tornando mais constantes e algumas até raiando a impertinência, então, resolvi atender ao pedido. Todavia, posso adiantar que, para a decepção geral, minhas opiniões, via de regra, discordam da opinião dominante, são politicamente ultra incorretas e chocarão certamente a sensibilidade burguesa.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Difamação, calúnia e racismo.

 

Difamação, calúnia e racismo.

Sérgio de Vasconcellos

Os pouquíssimos Leitores deste Blogue concordarão comigo que ele se notabiliza pela sua falta de atualização e pelo enfoque inusitado dado aos Artigos aqui publicados.

Ora, neste momento em que o Mundo dilacera-se em Guerras (Ucrânia, Armênia, na Terra Santa, em diversos Países Africanos, etc.), não fugirei a minha abordagem inusual e vou escrever sobre um tema já caído no esquecimento.

Há meses, creio que no início de Agosto deste ano, o Prof. André Lajst, conhecido difusor em nosso País do que se passa no Oriente Médio, ao ir fazer uma Palestra sobre “Empreendedorismo em Israel”, foi agredido física e verbalmente por “estudantes” na Universidade Federal do Amazonas. O caráter racista, isto é, antissemita foi mais do que evidente.

Quando tomei conhecimento desse atentado à liberdade de expressão, não pude deixar de recordar um outro ataque semelhante, levado a cabo por uma vintena de “estudantes”, ocorrido em Novembro de 2017, contra o renomado Prof. Victor Emanuel Vilela Barbuy, que iria proferir a Conferência “Municípios e Municipalismo no Brasil”, na USP.

Na ocasião em que o Prof. Lajst foi agredido, eu tracei imediatamente um paralelo com a violência sofrida pelo Prof. Victor Emanuel, mas, não escrevi nada a respeito à época, o que passo a fazer agora.

Ambos os intelectuais foram acusados por seus agressores de “fascistas” e até de “nazistas”, o que nenhum dos dois é. O Prof. Lajst é Cientista Político, o Prof. Victor Emanuel é Jurista e Filósofo. Ideologicamente, o Prof. Lajst me parece ser socialdemocrata. Já o Prof. Victor Emanuel Vilela Barbuy é um dos principais líderes do Integralismo Brasileiro e o maior Pensador Tradicionalista contemporâneo. Como veem, queridos leitores, as acusações, além de infamantes, são inteiramente falsas. Ambos os eruditos estão anos-luz do fascismo e do n.-socialismo.

O episódio envolvendo o Prof. Lajst tem um agravante que é o racismo antissemita, enquanto, o Prof. Victor Emanuel foi hostilizado apenas no viés ideológico.

Mas, o resultado do ataque dos “estudantes” comunistas - ainda guardando alguma analogia - diferenciou-se muito:

- Ambos foram brutalmente agredidos, porém, enquanto a UFAM providenciou escolta policial para resguardar a integridade física do Prof. André Lajst, em momento algum a USP tomou igual iniciativa, e nem mesmo a Segurança do Campus apareceu para por fim ao tumulto.

- Enquanto o Prof. Lajst, devidamente protegido pela Polícia retornou para finalizar sua Palestra, o Prof. Victor foi de fato expulso da USP, apenas escudado por umas poucas pessoas, que foram assistir a Conferência e ficaram chocadas e revoltadas com a forma pela qual foi tratado tão ilustre Mestre.

- O Prof. Lajst teve a Palestra que ia realizar no dia seguinte, em outra Universidade, suspensa, pois não seria possível garantir sua segurança. O Prof. Victor, como já disse acima, não pode realizar sua Conferência e nunca mais foi convidado para participar daquele Ciclo Conferências, na qual comparecia pelo quarto ano consecutivo.

Tanto em Manaus, quanto em São Paulo, cidadãos em pleno uso e gozo de seus direitos, por não concordarem com o tratamento sofrido pelos dois grandes representantes da Cultura Brasileira, ao verbalizarem que julgavam aquilo um absurdo, também foram física e moralmente agredidos, com direito a humilhação e narizes e pernas quebradas.

Não sei o que resultou legalmente do ataque sofrido em Manaus, mas, no de São Paulo, o Prof. Victor dirigiu-se a uma Delegacia, onde reportou o ocorrido, mas, daí – que saibamos – nenhuma consequência recaiu sobre os criminosos. Se conhecemos bem o Brasil, em Manaus, coisa alguma foi além da presença policial, salvo se o Prof. Lajst tiver tomado providências legais por conta própria.

Se a calúnia e a difamação de que padeceram os Professores são crimes sérios, o caso do Prof. Lajst, como disse num parágrafo acima, revestiu-se de um agravante lamentável, o racismo. No Brasil temos uma Legislação contra a Discriminação Racial, que seria até um crime inafiançável. Porém, o fato é que as Leis nesse sentido são quase letra morta.

Não sou Jurista, evidentemente, mas, mesmo sendo um imperito em assuntos legais, parece-me que a Legislação contra o racismo deveria ser mais rigorosa. Entendo que o crime de racismo atenta contra a própria Unidade Nacional, jogando Brasileiros uns contra os outros. É um Crime Político dos mais odiosos, que atenta contra o Estado de Direito, e não poderia ficar impune por conta de uma legislação fraca. A Nação cria o Estado e o organiza pela Ordem Jurídica. Ora, não é possível que justamente nesta questão fundamental, o racismo, uma legislação lassa permita uma corrosão da Vida Nacional.

Admitir hoje, a bárbara agressão física de uns Brasileiros por outros Brasileiros é omissão inaceitável. Igualmente, invectivas escritas ou faladas, injuriosas ou mesmo educadas, contra qualquer raça ou etnia, das muitas que compõem o nosso Povo, são intoleráveis. Permanecermos nesta complacência, sem que os Legisladores tomem providências enérgicas, que permitam as Autoridades coibir definitivamente qualquer forma de manifestação racista, é criar um estado de espírito que poderá vir instalar futuramente trágicas lutas raciais, que já testemunhamos no passado e no presente de diversos Povos, e que devemos a todo custo evitar no Brasil, pois, caso contrário, a Unidade Nacional se esfrangalhará e o Brasil como o conhecemos deixará de existir.

Ficam aí estas minhas despretensiosas observações.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

ÁGUAS DO RIO? FALTAS D'ÁGUA NO RIO!

 


Muitos dos meus leitores certamente se lembram da campanha para privatização da CEDAE levada a efeitos pelos meios de comunicação controlados pelo Poder Econômico, buscando convencer a população carioca e fluminense de como seria muito melhor tirar a Empresa do Estado e entregá-la as mãos competentes da iniciativa privada. Uma campanha maciça e massiva que obteve indiscutível sucesso, induzindo a Opinião Pública a acreditar nessa “narrativa”, se me permitem usar uma expressão da moda.

Com quase dois anos do funesto leilão da CEDAE, tenho absoluta certeza que a População atendida pela Águas do Rio está mais que convencida de que foi ludibriada e que a privatização foi péssima, menos para o Governo do Estado que empalmou 22 Bilhões de Reais... Com todo esse dinheirão no bolso, o suposto cantor gospel garantiu sua reeleição ao Governo do Estado. Se a eleição fosse hoje será que os Cariocas e Fluminenses votariam nesse Witzel piorado?

Não vou entrar no mérito de toda a negociata envolvendo o tal leilão. Vou abordar uma questão que interessa mais diretamente aos consumidores, isto é, a todos nós que precisamos de água para continuarmos vivos.

Desde que a Águas do Rio assumiu a distribuição do preciso líquido, as faltas d’água no Rio de Janeiro se tornaram bem mais frequentes que no tempo em que a CEDAE se incumbia dessa tarefa.

Quase sempre alegando vazamentos, rompimentos, falta de energia, excesso de chuva, substituição de maquinários, quebra de bombas, manutenções programadas, etc., a Águas do Rio interrompe – total ou parcialmente - o fornecimento de água para a população, sugerindo que se economize a água armazenada nas cisternas e caixas d’água.

Para que algum leitor de outro Estado tenha uma ideia do que está sofrendo os moradores do outrora próspero Estado do Rio de Janeiro, abaixo uma lista de datas e locais em que o fornecimento de água foi interrompido, total ou parcialmente, apenas neste mês de Janeiro até ontem (22 de Janeiro de 2023), lembrando que a funesta Empresa atenderia a maior parte da Cidade do Rio de Janeiro e outros 26 Municípios do Estado:

22 – Rio de Janeiro. Áreas afetadas: Tijuca, Catumbi, Santa Teresa, Cosme Velho, Laranjeiras, Leme, Urca, Rio Comprido, Andaraí, Maracanã e Praça da Bandeira.

20 e 21 – Cachoeiras de Macacu.

21 até 23 – Nova Iguaçu.

20 – Cordeiro.

18 e 19 – Rio de Janeiro; Áreas afetadas: Complexo da Maré, Manguinhos e Cidade Universitária.

18 – Rio de Janeiro. Área afetada: Botafogo.

18 – Rio de Janeiro. Área afetada: São Cristovão (Rua Antônio Henrique de Noronha, Rua Bahia, Rua Chaves Farias (parte alta), Travessa Figueira de Melo, Rua Fonseca Téles, Rua Lopez Ferraz, Rua Mineira, Rua Nogueira da Gama, Pedro Paiva, Rua Piraúba, Rua Sinimbú e Rua Cadete Ulisses Veiga).

17 – Cachoeiras de Macacu.

14 – Duque de Caxias. Áreas afetadas: Amapá, Barro Branco, Campos Elíseos, Cângulo, Capivari, Chácaras Arcampo, Chácaras Rio-Petrópolis, Cidade Dos Meninos, Cidade Parque Paulista, Figueira, Jardim Anhangá, Jardim Primavera, Lamarão, Mantiquira, Meio Da Serra, Parada Angélica, Parada Morabi, Parque Eldorado, Pilar, Santa Cruz Da Serra, Santa Lúcia, Saracuruna, Xerém, Santo Antônio, Aviário, Chuno, Equitativa, Figueira, Guararapes, Império, Jana Clara, Jardim Dayse, Jardim Nat, Jardim Panamá, Nossa Senhora Do Carmo, Nova Campinas, Parque Adelaide, Parque João Pessoa, Parque Paulista, Parque São Pedro, Parque Vitória, Parque Barão Do Amapá, São Bonfim, São Judas Tadeu, Santa Cruz | Vila Actura, Vila Alzira, Vila Maria Helena, Vila Operária-Xerém, Vila Rosário, Vila Santa Alice, Vila Santa Cruz, Vila Urussaí.

13 – Cachoeiras de Macacu.

13 – Tanguá.

12 – Rio de Janeiro e Baixada Fluminense. Áreas afetadas: Centro e zonas Norte e Sul do município do Rio de Janeiro e as cidades de Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

12 – São João de Merití. Áreas afetadas: Agostinho Porto (partes), Centro, Coelho da Rocha (partes), Éden (partes), Engenheiro Belford, Jardim Meriti, Jardim Sumaré (partes), Parque Araruama, São Matheus, Tomazinho, Venda Velha, Vilar dos Teles (partes), Vila Rosali e Vila Tiradentes.

12 – Miracema.

12 – Rio de Janeiro. Áreas afetadas: Centro e zonas Norte e Sul da cidade do Rio.

11 – São Sebastião do Alto. Área afetada: Valão do Barro.

11 – Belford Roxo e Duque de Caxias. Áreas afetadas: Duque de Caxias: Xerém, Vila Urussai, Vila Santa Cruz, Vila Santa Alice, Vila Rosário, Vila Operária – Xerém, Vila Maria Helena, Vila Alzira, Vila Actura, S. J. Tadeu, S Bonfim, Saracuruna, Santo Antônio, Santa lúcia, Santa Cruz da Serra, Santa Cruz, P S Pedro, Prq Barão do Amapá, P Paulista, P J Pessoa, Pilar, Parque Vitoria, Parque Panorama, Parque Eldorado, Parada Morabi, Parada Angélica, P Adelaide, N S do Carmo, Nova Campinas, Meio da Serra, Mantiquira, Lamarão, Jardim Primavera, Jardim Nat, Jardim Dayse, Jardim Anhangá, J Ana Clara, Império, Guararapes, Figueira, Ferreira, Equitativa, C Madeira, Cidade Parque Paulista, Cidade dos Meninos, Chuno, Chácaras Rio – Petrópolis, Chácaras Arcampo, Capivari, Cângulo, Campos Elísios, Barro Branco, Aviário e Amapá. Belford Roxo: Lote XV, Vale do Ipê, parte do Wona e parte da Nova Aurora

10 – Cachoeiras de Macacu.

10 – Rio de Janeiro. Áreas afetadas: Rio Comprido, Santa Tereza e Catumbi.

9, 10 e 11 – Saquarema: Área afetada: Jaconé.

8 – Cachoeiras de Macacu.

8 – Aperibé.

7 e 8 – Cambuci. Áreas afetadas: Distritos de Funil e Frecheiras.

7 – São Francisco do Itabapoana.

6 – Rio de Janeiro. Áreas afetadas: Usina e Alto da Boa Vista.

6 – Maricá. Área afetada: 1º Distrito.

6 – Baixada Fluminense: Áreas afetadas: Magé: Vila Esperança, Barbuda e Maria Conga

Duque de Caxias: Xerém, Vila Urussai, Vila Santa Cruz, Vila Santa Alice, Vila Rosário, Vila Operária – Xerém, Vila Maria Helena, Vila Alzira, Vila Actura, São Judas Tadeu, S Bonfim, Saracuruna, Santo Antônio, Santa lúcia, Santa Cruz da Serra, Santa Cruz, P S Pedro, Prq Barão do Amapá, P Paulista, P J Pessoa, Pilar, Parque Vitoria, Parque Panorama, Parque Eldorado, Parada Morabi, Parada Angélica, P Adelaide, N S do Carmo, Nova Campinas, Meio da Serra, Mantiquira, Lamarão, Jardim Primavera, Jardim Nat, Jardim Dayse, Jardim Anhangá, J Ana Clara, Império, Guararapes, Figueira, Ferreira, Equitativa, C Madeira, Cidade Parque Paulista, Cidade dos Meninos, Chuno, Chácaras Rio – Petrópolis, Chácaras Arcampo, Capivari, Cângulo, Campos Elísios, Barro Branco, Aviário e Amapá.

Belford Roxo: Xavantes, Shangrila, Heliopolis, Babi, São Vicente, Sgt Roncali, São Francisco, Lote XV, Vale do Ipê, parte do Wona e parte da Nova Aurora.

Japeri e Queimados: Camarim, Coqueiros, Do Carmo, Fanchem, Fátima, Jaceruba, Jardim Tri-Campeão, Olaria, Paraíso, Rio D’Ouro, Roncador, São Jorge, São Simão, Vale Ouro, Vila Camorim, Vila Central, Vila Guimarães, Vila São Francisco, Vila Tinguá, Alecrim, Areal, Beira Rio, Belo Horizonte, Cosme e Damião, Centro, Chácara Santo Antônio, Chacrinha, Engenheiro Pedreira, Esperança, Eucaliptos, Grota, Jaceruba, Japeri, Jardim Delamare, Jardim Primavera, Jardim São João, Jardim Willis, Lagoa do Sapo, Morro dos Quarenta, Nova Belém, Pedra Lisa, Santa Inês, São Jorge, Teófilo Cunha, Transmontana, Vila Central, Vila Conceição, Vila Santa Amélia, Virgem de Fátima.

Nova Iguaçu: Jaceruba, Rio D’Ouro, Adrianópolis, Vila de Cava, Santa Rita, Parque Flora, Carmary, Vila Guarita, N. S. Fatima, Parque Ambai, J. São Vicente, Grama, Figueira, Recantus, Rancho Fundo, Corumbá, Jardim Real, P. São Carlos, Nova Brasília, Jardim Natal, Vila Fluminense, Genenciano, Caiçara, Líbano, Cobrex, Boa Esperança, Posse, Miguel Couto, Cerâmica, Carmary, Cobrex, Jardim da Posse, Botafogo, Ponto Chique, Três Corações, Nova América, Parque Flora, Boa Esperança, Caiçara, Parque Ambai, Vila de Cava, Santa Rita, Rancho Fundo, Iguaçu Velho, Marambaia, Corumbá e Tinguá.

6 – Rio de Janeiro: Áreas afetadas: Ricardo de Albuquerque, Anchieta e Parque Anchieta.

6 – Cachoeiras de Macacu.

3 – Duque de Caxias e Belford Roxo. Áreas afetadas: Duque de Caxias: Xerém, Vila Urussai, Vila Santa Cruz, Vila Santa Alice, Vila Rosário, Vila Operária – Xerém, Vila Maria Helena, Vila Alzira, Vila Actura, São Judas Tadeu, S Bonfim, Saracuruna, Santo Antônio, Santa lúcia, Santa Cruz da Serra, Santa Cruz, P S Pedro, Prq Barão do Amapá, P Paulista, P J Pessoa, Pilar, Parque Vitoria, Parque Panorama, Parque Eldorado, Parada Morabi, Parada Angélica, P Adelaide, N S do Carmo, Nova Campinas, Meio da Serra, Mantiquira, Lamarão, Jardim Primavera, Jardim Nat, Jardim Dayse, Jardim Anhangá, J Ana Clara, Império, Guararapes, Figueira, Ferreira, Equitativa, C Madeira, Cidade Parque Paulista, Cidade dos Meninos, Chuno, Chácaras Rio - Petrópolis, Chácaras Arcampo, Capivari, Cângulo, Campos Elísios, Barro Branco, Aviário e Amapá.

Belford Roxo: Lote XV, Vale do Ipê, parte do Wona, parte da Nova Aurora.

Convenhamos que é muito baixo astral em menos de um mês... E quem quiser fazer o levantamento do que se passou desde o Leilão até hoje ficará escandalizado. Ou os Administradores da Águas do Rio vão ter que chamar o Dom Orani Tempesta (Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro)  para benzer a Sede e torcer para que a ziquizira vá embora da Empresa, ou, então terão que admitir que compraram gato por lebre, isto é, julgavam que se tratava de um negócio da China e era apenas uma empresa “maquiada” pronta para que os problemas estourassem por toda a parte assim que a Empresa mudasse de mãos.

Outro aspecto: Todas estas intervenções exigiram a compra de inúmeras peças, máquinas, etc., bem como, a contratação de mão de obra terceirizada, o que significa a queda abrupta da receita da Empresa, a diminuição drástica dos lucros, indo boa parte do dinheiro arrecadado naquelas contas caríssimas, que pagamos todos os meses, para os fornecedores, ficando os acionistas da Empresa a ver navios.

Enfim, o nome de fantasia da Empresa Águas do Rio é realmente uma fantasia... o nome deve ser alterado por um mais condizente com a realidade: “Faltas d’Água no Rio”.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

ABERTA A TEMPORADA DE INCÊNDIOS

 

O recente incêndio “acidental” em um depósito de carga do Aeroporto Internacional do Galeão (o Aeroporto Tom Jobim da grande mídia), no Rio de Janeiro (RJ), fez com que eu recordasse de um tema sobre o qual há muito queria escrever e que, como bom Brasileiro, fui adiando: A temporada de incêndios. E que considerei bastante oportuno para iniciar a nova fase do Blogue O Velho Rabugento.

Certamente, os meus leitores já ouviram falar em estação de determinadas frutas, em temporada de caça, de pesca, etc., mas, “temporada de incêndios” deve ser novidade para a maioria.

E o que vem a ser tal temporada, que eu afirmo ter sido aberta nos últimos meses?

Simples de explicar. Todas as vezes que empresas públicas ou privadas vão ter substituição nos seus quadros de administração, então, algumas – ou muitas... – infelizmente, incendeiam-se. Evidentemente, nunca ninguém é responsabilizado, afinal se trata de um acidente, em geral curtos circuitos, segundo as Autoridades encarregadas de investigar a causa dos sinistros.

Vou dar uns POUCOS exemplos:

Em Julho de 1969, as instalações da TV Globo em São Paulo perderam-se completamente num incêndio de grandes proporções. Não fosse o concurso do Governo Militar, só o seguro não seria suficiente para salvar a Empresa. Aliás, a Globo é recordista de incêndios: 1971, 1976 e outros que não me lembro. Sempre socorrida financeiramente pelos Governos. O mais recente, o de Novembro de 2022, que atingiu o famigerado Projac, não tenho a menor dúvida que também receberá vastos recursos financeiros do atual Governo...

No ano de 1973, o importantíssimo Departamento Nacional de Produção Mineral, teve metade de suas instalações na Av. Pasteur (Rio de Janeiro – RJ) completamente destruídas, com perda IRREPARÁVEL de farta documentão sobre as nossas riquezas minerais.

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro ardeu inteiramente em 1978.

Na passagem do desgoverno FHC para o primeiro do Lula, dois Arquivos Mortos da Caixa Econômica pegaram fogo, um em Campinas e outro no Rio de Janeiro, com apenas duas semanas de diferença entre eles.

Em São Paulo, os incêndios se sucedem:

- 2008: Teatro de Cultura Artística.

- 2010: Instituto Butantã.

- 2012: Arquivo Público do Estado de São Paulo.

- 2013: Memorial da América Latina.

- 2014: Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.

- 2015: Museu da Língua Portuguesa.

- 2016 – Cinemateca Brasileira.

Mas, não fiquemos apenas em São Paulo. No Rio de Janeiro, em 2011, a tradicional Capela de São Pedro de Alcântara pegou fogo, com direito a desabamento do teto e de dois andares... Já em Belo Horizonte foi o Museu de Ciências Naturais da PUC-MG, o atingido por um incêndio violento.

O que indiquei acima foram apenas aqueles incêndios de que me lembrei e que estão muito longe de constituir uma lista completa. Aos curiosos de maiores detalhes que confirmem, ou não, a minha tese, a de que existe uma Temporada de Incêndios, sugiro uma pesquisa nos mecanismos de busca da Internet.

Mas, não poderia terminar este primeiro Artigo da Nova Fase do Blogue sem falar do que eu considero um incêndio paradigmático: O Incêndio do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro – RJ), em 2018. Todos os Cariocas e Turistas que algum dia tiveram oportunidade de visitar aquele Museu sensacional não puderam deixar de sentir um profundo pesar por toda aquela destruição, de experimentar um luto arrasador. No entanto, nada foi apurado, além do proverbial curto circuito. O estrangeiro que era seu Diretor, nem ao menos teve a hombridade de renunciar e permanece no cargo até o momento em que escrevo estas linhas. Pouco antes de assumir a Presidência, indagado por uma jornalista sobre o incêndio, numa clara demonstração de desinteresse, respondeu: “O que é que você quer que eu faça? Já pegou fogo mesmo.” Em 2019, o mesmo indivíduo, quando do incêndio da Notre-Dame, solidarizou-se com o Povo Francês...

Enquanto o Brasil tiver Políticos, Empresários e Administradores de tão baixo nível moral, nós não conseguiremos sair do famoso buraco em que estamos encalacrados há muito.

Anauê!

domingo, 9 de setembro de 2018

Palpitando sobre a Entrevista do General Mourão à asquerosa GNews.


Sérgio de Vasconcellos

Nesta semana fomos agradavelmente surpreendidos pela “sabatina” do General Mourão à famigerada GNews. Mostrando não corresponder nem um pouco ao estereótipo que as esquerdas apresentam dos Militares em geral e dele em particular, o General Mourão foi, sem exagero, o melhor de todos aqueles Vices entrevistados pelo tendencioso Canal.

Tendo patinado um pouco na resposta a sua infeliz declaração de sabor racista, e que, curiosamente, os esquerdistas, digo, jornalistas sabatinadores, não souberam explorar contra ele – estará blindado pela maçonaria? -, de resto, até mesmo na questão do Coronel Ustra – quando calou a comunista Miriam Leitão -, foi muito bem em todas as respostas, e se mostrou alguém com personalidade própria, com ideias claras e definidas, enfim, bem superior ao titular da chapa...

Todavia, ao ser indagado sobre uma declaração dada em loja maçônica de Brasília, que foi interpretada como uma defesa de um golpe militar, ele afirmou que jamais propusera ou mesmo que fosse partidário de um golpe. Alegou que em caso de uma anarquia generalizada, aí, sim, as FFAA poderiam intervir dentro daquilo que a própria Constituição determinava. No prosseguimento da entrevista, quando os jornalistas insistiram sobre a possibilidade de que o Legislativo fosse uma barreira para a execução do Programa proposto pela dobradinha Bolsonaro/Mourão, e se tal embarreiramento não poderia ser entendida como uma situação de anarquia que poderia justificar que o Presidente da República Jair Bolsonaro convocasse as FFAA, o nosso bom General riu e saiu pela tangente relembrando que D. Pedro I fechara a Constituinte e “outorgara” uma Constituição ao País, mas, que isso era passado, era história e que não se repetiria, não obstante ter um Príncipe da Casa Orléans e Bragança no Partido. Novamente, de forma muito curiosa, os comunistas, digo, os jornalistas largaram para lá o assunto e mudaram de tema... Infelizmente, eu não estava lá, se estivesse o assunto não ia ficar barato para o Mourão.

Fala-se muito que o nosso primeiro Imperador “outorgou” uma Constituição ao Brasil, porém, as coisas não foram bem assim. De fato, ele fechou a Constituinte e nomeou um grupo para redigir uma Constituição, que uma vez elaborada foi remetida para todas as Câmaras Municipais do País, ou seja, houve consulta a mais lídima representação legislativa do Império, e uma vez aprovada pelas Câmaras Municipais de todo o Império, a Constituição de 1824 foi PROMULGADA. Portanto, a analogia do General era e é improcedente. A referência ao Príncipe da Casa dos Orléans e Bragança que faz parte do Partido, totalmente desnecessária, e só pode ser tomada como tendo sido dirigida aos monarquistas, que também votam, e certamente se tornariam simpatizantes de uma Candidatura apoiada por um membro de nossa Família Imperial. Contudo, o Príncipe em questão, D. Luiz Philippe de Orléans e Bragança é um liberal contumaz, anti-monarquista e republicano. E, ao falar em Partido, o nosso General não especificou em que Partido esse Príncipe Real de França (ele está excluído da sucessão ao Trono Imperial do Brasil) está inscrito, pois o Bolsonaro é do PSL e o Mourão do PRTB...

Desde o golpe militar de 15 de Novembro de 1889, o Exército, tendo usurpado o Poder Moderador, não fez outra coisa que intervir na vida Política Nacional. Não vou me estender sobre isso, que já tratei num dos meus Livros. Especificamente sobre outorga de Constituições, o nosso General esqueceu-se do lamentável atentado à Democracia – já na era republicana... –perpetrado pelos Militares. Refiro-me ao Golpe de Getúlio Vargas, em 10 de Novembro de 1937, que implantou o Estado Novo e OUTORGOU, sim, vou repetir, OUTORGOU uma Constituição totalitária ao Brasil, a famosa Polaca, redigida por Francisco Campos. A outorga da Constituição de 1937 foi feita a sombra das baionetas e o nefando totalitarismo varguista perdurou enquanto o Exército assim o quis. A desculpa para a implantação do sinistro Estado Novo foi o sempiterno perigo comunista – espantalho este que é usado até hoje, quando os atuais comunistas são apenas uma caricatura mal feita dos equivocados idealistas de antanho -; e, parece-me evidente que a hipótese de ingovernabilidade por conta da oposição do Legislativo é justificativa mais que óbvia de uma “necessária” intervenção das FFAA, convocadas pelo Presidente da República, o Sr. Jair Messias Bolsonaro, com o fechamento do Congresso e eventual Convocação de novas Eleições Legislativas. Tal intervenção impediria que o País caísse na anarquia generalizada, correspondendo assim a “hipótese” do General Mourão.

Já tivemos o Estado Novo e o Estado Novíssimo (designação de Tristão de Athayde para o Regime de 1964). Estaríamos às vésperas do Estado Ultra Novíssimo?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

QUE SAUDADE DO CACIQUE COBRA CORAL...

Cesar Maia "saravando"?

De alguns dias a esta parte tem chovido todas as noites no Rio de Janeiro. Ontem, dia 05 de Fevereiro de 2015, o indigníssimo Eduardo Paes, não tendo coisa mais importante que fazer, lançou a população em polvorosa anunciando uma chuva fortíssima e colocando a Cidade em estado de “atenção”! Pois bem, o ciclone previsto pelo Pior Prefeito da História do Rio de Janeiro, com base na informação do “Radar Meteorológico”, daquele cabide de emprego chamado Centro de Operações da Prefeitura do Rio, não aconteceu. Aliás, foi o dia que menos choveu na Cidade... Um vexame!

Ao tempo em que o Sr. Cesar Maia era Prefeito da Cidade Maravilhosa, os Cariocas, sempre bem humorados, criaram várias anedotas relativas ao fato de que ele conveniara a Prefeitura do Rio à Fundação Cacique Cobra Coral (que fica em São Paulo) para obter previsões do tempo... Mesmo não sendo Católico Umbandista como o nosso ex-Prefeito tenho que reconhecer que as previsões de tempo do Cobra Coral eram bem superiores às desse bando de tecno-burocratas contratados pelo beócio Eduardo Paes.


Que saudade do Cacique Cobra Coral!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Pezão enrola Funcionários


Enquanto o Povo Carioca e Fluminense, com sua verve característica, vai rindo do Pezão, apelidando-o de Tropeço (o mordomo da Família Adams) ou dizendo que ele se parece com o fantasma do Metrô do filme “Ghost”, nosso “amado”  Governador não brinca em serviço...

Fui hoje procurado por um Funcionário Público indignado, pois, tendo feito um empréstimo consignado, que é descontado na sua Folha de Pagamento, ele descobriu que sofreu o desconto de praxe, MAS, que não houve repasse para a empresa creditícia, que mandou seu nome direto para o famigerado Serasa, e creio que não será excessivo da minha parte supor que outros milhares de Funcionários Públicos do Estado do Rio estejam na mesma situação.

Ora, não precisa ser nenhum gênio para perceber o efeito em cascata na economia com o  problema creditício que afeta milhares de Servidores, que são consumidores e contribuintes, e que foi criado pelo Governo do Estado no momento mesmo em que este admite uma queda na arrecadação fiscal... , uma das razões alegadas, inclusive, para os estúpidos cortes no orçamento.


Mas, sabendo do senso de humor macabro do nosso (des)Governador, é bem possível que ele aconselhe os seus Funcionários a negociarem diretamente com as financeiras, prometendo que depois devolverá o dinheiro que ele descontou e indevidamente não repassou. Enquanto isso, juros se acumulam sobre juros... Houve quem me perguntasse ainda agora mesmo: Isso não é de propósito? Deixo a resposta aos meus leitores.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O Chulé do Pezão


O Governador Luiz Fernando de Souza, popularmente conhecido pela alcunha de Pezão, fez jus ao seu apelido e deu um baita pesão na população do Estado do Rio de Janeiro. Alegando queda na arrecadação do ICMS e nos royalties do Petróleo, ele fez cortes desastrosos no orçamento de diversas Secretarias. Só na área da Educação foram mais de 500 milhões de corte, na Secretaria de Saúde foram cortados 400 milhões,  e até na Segurança, que é sua menina dos olhos, e cujo titular é o  Beltrame, favorito de Cabral, ele fez um pequeno corte de 85 milhões. Aos terceirizados que já não vinham recebendo só resta o recurso à greve.

A queda de 2 bilhões na arrecadação dos royalties do Petróleo é uma das razões alegadas, MAS, um “crédito” de R$2.100.000.000,00 foram concedidos a uma Empresa! Aliás, a mesma Empresa foi beneficia com o diferimento de ICMS... Tudo bem detalhado no D.O. do dia 06 de Janeiro de 2015.

A arrecadação do ICMS, por conta da crise econômica, também diminuiu, o que seria outra justificativa para os cortes. No entanto, o Governo concedeu isenção de ICMS as Companhias de Ônibus e manteve a isenção de 50% do IPVA para mesmas Empresas, que fora presenteado por Sérgio Cabral, em 2014. O que não impediu o aumento das passagens para R$3,40 no Município do Rio de Janeiro e do aumento dos ônibus intermunicipais, que passarão de R$5,25 para R$5,90(!), em 1º de Fevereiro próximo. Em outras palavras, o cartel da Fetranspor tem o seu lucro aumentado, quer pelas isenções, quer pela transferência obrigatória diária de milhões de reais dos bolsos dos passageiros para as arcas do Barata e caterva.

Como se vê é um Governo de benesses para os Empresários e de arrocho para o restante da População.

Fico aqui me perguntando até quando vamos aturar este molambo moral a testa do Governo do Estado? Está mais do que na hora de mandar o Pezão de volta para o sapato, pois o mau cheiro da sua administração é nauseabundo.


Anauê!